A contramão dos recursos

É proibido proibir?
Arquivo/Google

Afinal, para que serve mesmo a cifra milionária arrecadada com multas no trânsito de Ilhéus? Os recursos não eram para ser reaplicados em melhorias na mobilidade urbana da cidade? O problema é que, de fato, não são. Nunca foram. O exemplo disso são os poucos e velhos semáforos existentes na zona urbana de Ilhéus. A maioria está quebrada. De tão velhos, não há peça de reposição no mercado.

Os buracos continuam a dar prejuízos aos motoristas (ao que tudo indica só não deram à empresa a quem o governo responsabiliza ter feito uma mega-operação tapa-buracos que ninguém percebe nas ruas).

O fato é que o cidadão comum, que já não gosta de ver seu dinheiro ser usado como moeda de punição, vê sua paciência se esgotar com a falta de retorno da iniciativa pública.

Enquanto isso o que se observa em Ilhéus são agentes de trânsito nas calçadas, com um palmtop (tecnologia de ponta só para punir) em mãos, faturando alto para os cofres da Prefeitura.

Só não os vê na rua, ajudando a diminuir o caos que se estabelece numa cidade despreparada para a quantidade de veículos que circulam em suas ruas.

Esta semana um tema chamou a atenção de um dos repórteres do Bahia Online.

Um influente membro do departamento de Trânsito da cidade questionava: por que os agentes do setor de tributos da Prefeitura ganham comissão com determinadas operações punitivas no trânsito de Ilhéus (pagamento de taxas para liberação de carros, por exemplo) e os agentes, os grandes responsáveis pelo faturamento público, não ganham absolutamente nada.

Olha a que ponto nós chegamos!